terça-feira, 29 de março de 2011

65. A Revolta dos Agricultores Familiares pela Desapropriação de 4.700 hectares para o Complexo Industrial da Vale Fertilizantes S.A.



Aconteceu no dia 28 de março de 2.010, na comunidade de Lagoa Seca, uma reunião coordenada pelos moradores locais, com mais de 200 produtores rurais e agricultores familiares, que serão prejudicados pelo Decreto N° 2.734 de 11 de Março de 2.011 que desapropria 4.700 hectares para a expansão da Unidade Industrial do município de Patrocínio.


Estavam presentes, o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Patrocínio, João Batista Ferreira, e os vereadores Joel da Silva Carvalho, Alberto Sanarelli, Humberto Donizete (Bebê), Marcilene Jacinto, Cássio Remis e o vice-prefeito Fausto Amaral, o Secretário da Agricultura Osmar Junior (Juninho), entre outros.


Os Agricultores Familiares, produtores e demais atingidos, se dizem consciente que a vinda da Vale para Patrocínio é uma realidade, e ainda que os benefícios de sua vinda favorecem a arrecadação do município (grande importância para os cofres públicos), e algumas coisinhas mais como aumento de empregos, e renda de forma geral, não são contra a Vale, mais querem preços justos, e uma desapropriação digna, pois a empresa disse na Audiência Publica que era necessário 829 hectares para o Complexo Industrial da Vale, sendo 3.871 hectares sendo desnecessária a desapropriação.


O Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Patrocínio, João Batista Ferreira, citou da importância de unirem, fazer uma associação, e não negociar de hipótese nenhuma individualmente, relatou da importância de buscar forças junto das entidades voltadas para o meio rural, falou que o município está sonhando com as altas arrecadações futuras, e hora nenhuma estão preocupados com as pessoas desapropriadas.


Os vereadores presentes dizem solidários com a causa dos moradores daquela localidade. A comunidade desaprovou as falas do vereador Cássio Remis, que tentou justificar a desapropriação, e o vice prefeito que justificou que o Decreto só terá validade para a área necessária, o que não é verdade.


Foram feito uma reivindicação sugerindo que o prefeito revogue o Decreto de imediato, e que seja destinado ao Complexo Industrial apenas as 829 hectares em conformidade com os Estudos de Impactos ambientais, feito pela mesma. E ainda sugerindo que se necessário a prefeitura intervir, que sejam feitas com preços justos para os produtores e agricultores familiares, e após a licença de instalação da Vale. Citaram ainda que seja inadmissível usarem dinheiro publico que poderiam ser usada na saúde, educação, pavimentação, recuperação das estradas rurais, para Desapropriar em prol de uma empresa multinacional, com bilhões em patrimônio como a Vale.

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